quarta-feira, 14 de abril de 2010

A primavera ausente

A primavera ausente que se fazia sentir recordava-me a tua ausência como um estado febril que purga o corpo das maleitas do espírito.
Escrevias com afinco na mesa de madeira com a janela a fazer de miragem para os longos pensamentos que tinhas para o papel.
Desci as escadas e permaneci imóvel, na esperança de não te acordar desse estado e fazer a magia durar.
Ainda sentia o ar quente de beijos outrora trocados e o pulsar de mãos que penetravam nos corpos suados.
Senti o teu beijo e deixei-me levar pela paisagem da janela...
Lá fora o mundo decorria sem saber do mundo mágico que tinha descoberto.

5 comentários:

nuno medon disse...

olá! sem dúvida, um lindo texto, que nos põe a imaginação a funcionar. é da tua autoria ou é de algum livro, que andas a ler ? beijos

Unknown disse...

Olá Nuno, é da minha autoria ;)


beijocas

Sérgio Minhós disse...

Lindo!

Beijo

SM

Nekonecné disse...

Adorei.
Um mergulho um pouco intimo na realidade ou um salto utópico de olhos cerrados?

Unknown disse...

Nekonecné obrigada pelo teu comentário..Podemos considerar um pouco de ambos ;)