segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Viperina....

o azedume do veneno se espalhava pelo corpo, enquanto abandonava o edifício ainda a cuspir palavras..
Tentou escarrar à homem mas já tinha absorvido o negrume das palavras e todo o corpo destilava ódio.
As pessoas de hoje sofrem o síndroma do sabe tudo, passam mais tempo a aconselhar os outros e a dizer o que acham do que a lidar com as suas vidas ou melhor ainda, só se meteriam caso tivessem recebido aviso formal a autenticado para o fazerem...
Se há frases odiosas é aquelas frases feitas tiradinhas com virgulas e tudo dos postais de parabéns cheios de ursinhos ou coisas mimosas...
Hello as coisas mimosas não existem!! Quando acordam?
Ela atravessou a estrada e no granito deixava pegadas que queimavam o mais duro chão.. Até a bolha que a acompanha aumentou de tal forma que diz quem viu uma mulher que ia à frente cerca de 3 metros entrou mais depressa no taxi que tinha mandado parar...
Sai da frente, pensou a viperina...
Sai porque tanto veneno junto é capaz de provocar o Apocalipse que tanto falam...
No aglomerado de pessoas perdeu-se o rasto à viperina, certamente fez o habitual, deu um grande trago e engoliu mais uma vez aquilo que odeia ouvir...

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