quarta-feira, 13 de junho de 2012

O outro lado dos Santos Populares

Mais uma noite e Santo António que passou.

Milhares de pessoas saem às ruas e os bairros históricos são os que têm uma maior procura.

Eu vivo em plena Alfama, e desde o início do mês que as festas se sucedem, embora com menos fulgor do que no ano passado. A crise essa também já entra na marcha e aterroriza os arraiais.

Para quem não sabe as noites aqui podem ser complicadas para quem tem crianças, ou trabalha, isto porque, o barulho é tal que nem com as janelas fechadas se consegue ter algum sossego. 

Sim, porque nem tudo é bom nestas noites, para quem cá mora tem e aguentar a  música, que nem sempre é a tradicional das festividades dos Santos, e são várias músicas, cada banca coloca a sua música, resultado, pelas minhas janelas entravam 3 músicas diferentes sendo uma cacofonia e sons que não se entende.

E  já para não falar das casas de banho ao a livre, já perdi a conta aos rabos que já vi. Há certas ruas que deixam de ser respiráveis, tal o fedor a urina. Por sorte,de manhã lavam sempre as ruas mas lá está fica sempre o cheiro e com dias de calor a situação é pior.

O outro problema é que com as bebidas os animo estão mais exaltados e por vezes podem haver chatices, a minha preocupação é ter sempre a porta da rua fechada para evitar que entrem no prédio e façam dali motel ou de casa de banho...

E isto tudo para não falar que para grande parte das pessoas os santos não são festas alusivas aos santos padroeiros, mas sim apenas para beber..

Deixei aqui um testemunho de alguém que cresceu nos arraiais e tem vindo a ver as tradições perderem -se, com  por exemplo por um ovo ao luar na noite de Santo António para nos dizer quem seria o nosso amado entre outras mesinhas que fazem parte do imaginário das pessoas mais velhas.

Agora temos raves ao ar livre....

E com esta me fico!

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